quarta-feira, 9 de abril de 2008

Para onde foi a água potável?


E se a partir de amanhã não fosse possível garantir água potável em sua casa? Que os rios e mares estavam tão poluídos que seria proibido nadar ou pescar? Ou que os nossos aquíferos tinham secado?

O que faria?

A água é vital para a nossa sobrevivência. O corpo humano, constituído por cerca de 70% de água, perde por dia, aproximadamente 2.5 litros, necessitando de repôr em pequenas quantidades ao longo do dia essa perda, para evitar efeitos como a dificuldade de concentração, o cansaço ou outros mais graves.,
- Quando perdemos 1 litro de água: temos sede.
- Quando perdemos 2 litros de água: temos sede, fadiga.
- Quando perdemos 3 ou mais litros de água: ocorre desidratação e risco de vida.

A água ocupa quase 71% da superfície da Terra, mas só 1% está disponível para consumo humano, pois 97% é salgada e os outros 2% são glaciares inacessíveis.

Sendo a água um elemento insubstituível e fundamental à existência de vida na Terra e das mais diversas actividades humanas, qualquer tipo de poluição da água causada pela libertação directa ou indirecta de material tóxico nas linhas de água ou pela sua exploração intensiva constitui um grave risco para a saúde e bem-estar humano.

Provavelmente, tal como já acontece em alguns países, a sua resposta às perguntas aqui colocadas seria a de mudar-se para um local que lhe permitisse continuar a usar esse recurso hídrico para os seus hábitos diários de higiene, alimentação e, no caso de ser agricultor(a), para as suas culturas. Mas mais tarde ou mais cedo, os mesmos problemas surgirão. E estas questões colocar-se-ão novamente.

Uma simples migração não resolve o problema, apenas o transfere. O nosso planeta é finito. Os impactes das secas na humanidade tenderão a ser cada vez maiores ao longo do tempo, pelo que a escassez de água pode vir a constituir uma fonte de conflitos nas zonas em que esta se faça sentir, principalmente nos locais em que a água doce atravesse as fronteiras de dois ou mais Estados independentes, o que acontece para 60% das reservas hídricas superficiais.

O que há a fazer é alterar os nossos hábitos de consumo e de utilização deste recurso como cidadãos e agentes económicos, de forma a garantir a manutenção de uma boa qualidade e quantidade de água potável disponível.

O tratamento de águas residuais domésticas e industriais antes destas serem descarregadas nas linhas de água já é feito em Portugal, mas ainda sem a adesão óptima. O agricultor também está cada vez mais sensibilizado para as boas práticas agrícolas, nomeadamente para a aplicação racional de pesticidas e fertilizantes, que para além de garantir a boa qualidade das águas, permite uma maior economia em relação aos factores de produção.

E o cidadão?

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), actualmente 1.1 mil milhões de pessoas não têm acesso a água potável e 80% das doenças no mundo resultam dessa escassez.

No entanto, fique aliviado, por agora. Amanhã ainda terá água para o seu conforto doméstico. Mesmo assim, apesar de em Portugal não se verificarem ainda situações graves de escassez, a pressão na quantidade e qualidade de água tem vindo a aumentar pela contaminação e sobreexploração dos nossos recursos hídricos e sobre a ameaça das alterações climáticas.

Aproveite então o dia de hoje, Dia Mundial da Água, para criar o hábito de racionalizar voluntariamente a água que consome e consequentemente reduzir as despesas com a utilização desta, através de
pequenas acções, sem prejuízo da qualidade de vida do seu


agregado familiar e da saúde pública, pois o tempo urge. A ONU estima que, se o nível actual de consumo se mantiver, em 2025, cerca de 50% da população mundial irá lidar com falta de água potável e isso poderá incluir-nos a nós: a mim e a si.
Feito por: Filomena Neves Nº 9

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